Quem comparecer ao Cemitério Bom Jesus na próxima terça-feira, 02 de novembro, Dia de Finados, vai perceber o mais recente benefício incorporado ao conjunto de outros, que conferem às duas administrações anteriores e a atual a virtude de um olhar especial e humanizado sobre o local.
Uma equipe está no local realizando o serviço de implantação da iluminação interna, antiga reivindicação da comunidade e que contabiliza várias intervenções em seu favor na Câmara Municipal. As mais recentes datam de maio de 2018, através da ex-vereadora Lurdes Rodrigues Vaz Servino, março de 2021 através do vereador Rogério Pedro Graeff e mais recentemente através do presidente da Câmara, Lourival Alves da Rocha.
“Todas as indicações foram aprovadas, em seu tempo, por unanimidade”, destaca Lourival, referindo-se as indicações de números 24/2018, 04/2021 e 46/2021.
Com o aumento de mortes especialmente neste ano – apenas de Covid foram 27 – a iluminação tornou-se ainda mais necessária, pois alguns sepultamentos aconteceram no período noturno, em cenários improvisados.
Grandes Melhorias
Embora fundamental, a iluminação do Cemitério Bom Jesus não é a obra mais importante executada nos últimos anos em seus limites. Em 2017, durante a gestão da ex-prefeita Mabel de Fátima Milanezi Almici, o espaço recebeu licença ambiental, atendendo exigência do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).
Embora pareça piada de mau gosto, pelas exigências da lei até aquele momento o Cemitério de Castanheira praticamente não existia. Daí ter recebido uma notificação no sentido de adequar-se as normas de padronização observadas em todo o país.
À época chefe de gabinete, o atual prefeito Jakson de Oliveira Rios Júnior, o Juninho, observou que a gestão municipal teve que contratar vários serviços, como de um geólogo, para fazer a planta altimétrica e até correr atrás da certidão do primeiro óbito no Cemitério. As exigências incluíam também a construção de três poços artesianos, para análises permanentes do lençol freático e a sondagem mecânica da caracterização do subsolo.
As novas regras de sepultamento
Pela lei, os cemitérios horizontais precisam fazer com que o fundo das sepulturas tenha uma distância mínima de 1.5 metros do aquífero. Outra determinação é que exista um recuo de cinco metros entre os muros e o início da colocação de jazigos.
As novas normas do Conama também recomendam que as urnas sejam feitas de material biodegradável e sem a presença de metais pesados, tintas e vernizes. Todavia é apenas uma recomendação, não uma exigência.
Para a obtenção do licenciamento, que incluiu o cumprimento de todas as normas do Conama, foi importante o empenho da Associação Matogrossense de Municípios, AMM, e do engenheiro sanitarista Marcos Stangherlin. Em Castanheira o órgão de licenciamento e fiscalização é a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA-MT).