No contexto das campanhas voltadas à prevenção de doenças, com o uso de cores, duas delas tem sido alvo de conscientização em janeiro, o branco e o roxo, associadas, respectivamente, as doenças mentais e a hanseníase.
No caso do janeiro branco, a ênfase recorrente lembra a importância de cuidarmos não apenas da parte física, mas também da emocional, para maior equilíbrio e bem estar.
Em Castanheira, a atenção mental tem referência de atendimento na Unidade de Descentralização João Sebastião Ramos, através de psicoterapia individual semanal e avaliação psicológica. Também são feitos estudos de caso, juntamente com algum profissional da área médica, para encaminhamento a especialista de psiquiatria.
Segundo a psicóloga Roberta Morais, que atua no setor, o município ainda não tem serviços como terapia em grupo, modalidade da psicoterapia que faz uso da interação entre indivíduos para que determinadas questões em comum possam ser trabalhadas. “É uma de nossas pautas de futuro”, diz.
Hanseníase
Sobre o janeiro roxo, que foca na hanseníase, a definição da campanha foi relevante, uma vez que havia desatenção e indiferença em relação a doença, que registra em torno de 30 mil novos anualmente no país.
Em Castanheira, como em todo Estado de Mato Grosso – que apresenta o maior índice da janseníase no Centro Oeste – o enfrentamento tem sido uma prioridade. Diversas ações são realizadas no município pela Secretaria Municipal de Saúde, incluindo a busca ativa permanente de pacientes, prevenção das pessoas que mantém contato com os doentes, palestras e capacitação de equipe, entre outras.
Nesta mesma linha de ação, quando houve necessidade de recompor a equipe médica que hoje atuam no município, o prefeito Jakson de Oliveira Rios Júnior conseguiu trazer para seus quadros o Dr. Adelmo Figerno da Silva, que já tinha atuado no setor, mas buscou especialização exatamente na área, sendo uma das referências no tratamento da hanseníase no Estado.
Por entender que é preciso fortalecer consciência sobre a doença especialmente entre os formadores de opinião, um segmento alvo das palestras agendadas pelo setor tem sido os profissionais da educação.
A Secretária Ana Paula Vargens lembra que a hanseníase é uma doença crônica, que requer cuidados especiais. Observa que é preciso que as pessoas estejam atentas a sintomas como a alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em braços, pés pernas e olhos. Estudos lembram que isto pode gerar incapacidades permanentes.